No início, o aumento do esquecimento ou a confusão leve podem ser os únicos sintomas da doença de Alzheimer que você percebe. Mas ao longo do tempo, a doença rouba mais de sua memória, especialmente as memórias recentes. A taxa em que os sintomas pioram varia de pessoa para pessoa. (3,4,5)
Se você tem Alzheimer, você pode ser o primeiro a perceber que está tendo uma dificuldade incomum de lembrar as coisas e organizar seus pensamentos. Ou você pode não reconhecer que algo está errado, mesmo quando as mudanças são perceptíveis para os membros da sua família, amigos íntimos ou colegas de trabalho.
Alterações cerebrais associadas à doença de Alzheimer levam a problemas crescentes com:
Memória
Todo mundo tem lapsos de memória ocasionais. É normal perder a noção de onde você coloca as chaves ou esquecer o nome de um conhecido. Mas a perda de memória associada à doença de Alzheimer persiste e piora, afetando sua capacidade de funcionar no trabalho e em casa.
Pessoas com Alzheimer podem:
- Repetir afirmações e perguntas repetidamente, sem perceber que elas já fizeram a pergunta antes
- Esquecer conversas, compromissos ou eventos
- Perca-se em lugares familiares
- Eventualmente, esqueça os nomes dos membros da família e objetos do cotidiano
- Tenha dificuldade em encontrar as palavras certas para identificar objetos, expressar pensamentos ou participar de conversas
Pensamento e raciocínio
A doença de Alzheimer causa dificuldade em se concentrar e pensar, especialmente em conceitos abstratos como números.
A multitarefa é especialmente difícil, e pode ser um desafio gerenciar as finanças, equilibrar os talões de cheque e pagar as contas em dia. Essas dificuldades podem progredir para a incapacidade de reconhecer e lidar com números.
Planejando e executando tarefas familiares
Atividades de rotina que exigem etapas sequenciais, como planejar e cozinhar uma refeição ou jogar um jogo favorito, tornam-se uma luta à medida que a doença progride. Eventualmente, pessoas com Alzheimer avançado podem esquecer como executar tarefas básicas, como vestir-se e tomar banho.
Mudanças na personalidade e comportamento
Alterações cerebrais que ocorrem na doença de Alzheimer podem afetar a maneira como você age e como se sente. Pessoas com Alzheimer podem experimentar:
- Depressão
- Apatia
- Retraimento social
- Mudanças de humor
- Desconfiança nos outros
- Irritabilidade e agressividade
- Mudanças nos hábitos de sono
- Hábito de vagar
- Perda de inibições
- Delírios, como acreditar que algo foi roubado.
Muitas habilidades importantes não são perdidas até muito tarde na doença. Estes incluem a capacidade de ler, dançar e cantar, apreciar música antiga, envolver-se em artesanato e hobbies, contar histórias e relembrar.
Isso ocorre porque as informações, habilidades e hábitos aprendidos no início da vida estão entre as últimas habilidades a serem perdidas à medida que a doença progride; a parte do cérebro que armazena essa informação tende a ser afetada mais tarde no curso da doença. Capitalizar essas habilidades pode promover sucessos e manter a qualidade de vida mesmo na fase moderada da doença.
Mesmo com uma aparência saudável, os portadores de Alzheimer precisam de supervisão ao longo das 24 horas do dia. O quadro da doença evolui, em média, por um período de cinco a dez anos.
Buscando ajuda médica
A ajuda médica é importante para garantir a qualidade de vida de uma pessoa com Alzheimer, isso porque o tratamento irá retardar o processo de evolução da doença. Fazer o diagnóstico de alguém com Alzheimer não é tarefa fácil. A família do paciente imagina que se trata apenas de um problema consequente da idade avançada e não procura a ajuda de um especialista. Ao notar sintomas do Alzheimer, o próprio portador tende a escondê-los por vergonha. A família precisa estar atenta e, se identificar algo incomum, deve encaminhar o idoso à unidade de saúde mais próxima, mesmo que ela não tenha um geriatra ou um neurologista.
Na consulta médica
Especialistas que podem diagnosticar o Alzheimer são:
- Clínico geral
- Neurologista
- Geriatra
- Psiquiatra.
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:
- Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
- Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
- Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
- Que tipos de dificuldades de memória e lapsos mentais você está tendo? Quando você os notou pela primeira vez?
- Eles estão ficando cada vez pior, ou às vezes são melhores e às vezes piores?
- Você parou de fazer certas atividades, como gerenciar finanças ou fazer compras porque essas atividades eram muito desafiadoras?
- Você se sente mais triste ou mais ansioso do que o habitual?
- Você se perdeu ultimamente em uma rota de condução ou em uma situação que geralmente é familiar para você?
- Alguém expressou preocupação incomum sobre a sua condição?
- Você já notou alguma mudança na maneira como você tende a reagir a pessoas ou eventos?
- Quais medicamentos você está tomando? Você está tomando vitaminas ou suplementos?
- Você já notou algum tremor ou dificuldade para andar?
- Você está tendo algum problema para lembrar suas consultas médicas ou quando deve tomar sua medicação?
- Alguém na sua família já teve problemas de memória? Alguém já foi diagnosticado com doença de Alzheimer ou demência?
- Você está deprimido? Como está seu humor?
Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. Para Alzheimer, algumas perguntas básicas incluem:
- Meu grau de memória é normal para alguém da minha idade?
- Se não, você acha que meus sintomas podem ser devido à doença de Alzheimer?
- Quais testes eu preciso fazer?
- Se o meu diagnóstico for doença de Alzheimer, quais serão meus cuidados contínuos? Você pode me ajudar a criar um plano para atendimento contínuo?
- Quais tratamentos ou programas estão disponíveis? Quão eficazes são esses tratamentos?
- Os medicamentos irão ajudar? Quais são os possíveis efeitos colaterais?
- Como minha doença irá progredir com o tempo?
- Meus novos sintomas afetarão a maneira como administro minhas outras condições de saúde?
Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da consulta.
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